Start 24-11-2025 / End 24-10-2025
Não o pensava antes, quando escutava a guitarra de Carlos Paredes, mas hoje, recordando-a, compreendo que aquela música era feita de alvoradas, canto de pássaros anunciando o sol.” José Saramago
No centenário de Carlos Paredes regressamos ao homem e à sua música através da viagem das suas memórias de uma Lisboa, onde viveu a sua vida adulta, a Coimbra, onde nasceu e viveu a infância. Um génio maior da portugalidade que dedicou alguns dos seus últimos acordes e da sua inspiração às memórias de infância e de juventude, quando já acompanhava o pai Artur Paredes. Memórias da mãe, da tia, do pai, do avô, mas também dos lugares que lhe ficaram da espuma dos tempos. É com estas memórias, de vários regressos a lugares e pessoas, a momentos e família entre as cidades em que viveu e nasceu, que esta viagem se faz.
Este regresso é também feito pela recuperação da formação com que tocou sempre com o pai com duas guitarras, em que Carlos fazia a segunda guitarra, e uma viola de acompanhamento. Era desta forma que Artur paredes concebia a sonoridade da guitarra fazendo com que esta soasse de forma orquestral.
Os Alvorada, que continuam a linguagem dos Paredes, pai e filho, conduzem-nos pelos meandros das memórias musicais do génio português. António José Moreira e Ricardo Dias na Guitarra Portuguesa e Pedro Lopes na Viola entregam-se à memória e memórias de Carlos Paredes numa viagem de eterno regresso.
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