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Pastorinhos

Três pequenos e humildes pastores viveram e testemunharam as aparições do Anjo de Portugal e Nossa Senhora na Cova da Iria, Fátima, em 1916 e 1917. Lúcia de Jesus, Francisco Marto e Jacinta Marto passaram a ser mundialmente conhecidos como os “Três Pastorinhos” ou “Videntes de Fátima". 

LÚCIA

Nasceu em 28 de março de 1907, em Aljustrel, freguesia de Fátima, e foi batizada no dia 30 na Igreja paroquial de Fátima.
Das três crianças, Lúcia foi a única que pôde falar com Nossa Senhora. Jacinta conseguia ver e ouvir, enquanto Francisco apenas podia ver. Foi, por isso, a grande protagonista das Aparições de 1917. Lúcia teve como missão divulgar a Mensagem de Fátima e a devoção ao Imaculado Coração de Maria, tendo deixado vários registos escritos a pedido do Bispo de Leiria, Dom José Alves Correia da Silva, sobre as Aparições de 1917 – “Memórias”, divididas em seis partes.
As "Memórias" de Lúcia foram redigidas entre dezembro de 1935 e março de 1992, incluem o relato das Aparições do Anjo de Portugal e de Nossa Senhora (2.ª e 4.ª partes), as evocações de Jacinta (1.ª parte), de Francisco (4.ª parte), do pai (5.ª parte) e da mãe (6.ª parte).
Recolhida no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, desde de 1946, a Irmã Lúcia morreu a 13 de fevereiro de 2005, com 98 anos. Sepultada no Carmelo de Santa Teresa, os seus restos mortais foram, um ano após a sua morte, trasladados, para a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.


SANTOS FRANCISCO E JACINTA

Os dois irmãos tiveram uma vida curta: nasceram na aldeia de Aljustrel, em Fátima, Francisco a 11 de junho de 1908 e Jacinta, dois anos depois, a 11 de março. Os pequenos videntes morreram pouco tempo depois das Aparições; ele em 1918 e ela em 1920, ambos vítimas da Gripe Espanhola.
Na aparição de 13 junho de 1917, Nossa Senhora havia alertado os pequenos videntes que os levaria em breve para o céu. Ainda assim, ambos cumpriram uma missão na terra: Francisco, levado pelo desejo íntimo de consolar o coração de Jesus. Viveu intensamente a oração contemplativa, passava horas sucessivas a rezar em frente ao sacrário, na Igreja Paroquial de Fátima.
A preocupação de Jacinta com o sofrimento dos pecadores (de que se apercebera na visão do Inferno durante a Aparição de 13 de julho de 1917) encheu o seu coração de compaixão e fez crescer a sua devoção ao Imaculado Coração de Maria. A mais nova dos três pastorinhos orava de forma intensa e suportava vários sacrifícios pelos pecadores.

Francisco e a irmã Jacinta foram beatificados pelo Papa João Paulo II, em 2000 e canonizados pelo Papa Francisco a 13 de maio de 2017, no Santuário de Fátima.

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